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O FBI está investigando como terrorismo o ataque ocorrido no domingo (02/06) em Boulder, no Colorado, quando um homem usou um “lança-chamas improvisado” para agredir manifestantes pacíficos que participavam de uma marcha em apoio aos reféns israelenses. O ataque deixou oito pessoas feridas, com queimaduras e outros ferimentos, sendo duas em estado grave. O suspeito, Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos, foi preso logo após o ocorrido e está detido no condado de Boulder, onde responde por acusações como tentativa de homicídio e uso de dispositivo incendiário em crime.
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As vítimas — quatro homens e quatro mulheres, com idades entre 52 e 88 anos — participavam do evento semanal Run for Their Lives (“Corrida pela vida deles”), que acontece em várias cidades do mundo para chamar atenção sobre os reféns capturados pelo Hamas nos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 em Israel. Segundo o chefe de polícia de Boulder, Steve Redfearn, o ataque começou por volta das 13h26 no calçadão Pearl Street, quando o suspeito lançou um artefato incendiário contra a multidão, gritando “Free Palestine” (“Palestina livre”), conforme relatado pelo agente especial do FBI em Denver, Mark D. Michalek.
Testemunhas descreveram cenas de pânico, com fumaça, pessoas feridas e roupas usadas para apagar as chamas jogadas no chão. Lisa Effress, que almoçava perto do local, relatou ter visto as vítimas desorientadas e algumas sem roupas devido às queimaduras. As pessoas feridas receberam atendimento imediato e pelo menos duas foram levadas de helicóptero para um centro especializado em queimaduras em Denver. O FBI e a polícia continuam com as investigações, mantendo a área isolada para coletar provas.
Mohamed Sabry Soliman foi identificado e detido após relatos de testemunhas. Vídeos mostram o suspeito sem camisa, segurando garrafas enquanto gritos e pedaços de fogo eram vistos próximos ao tribunal do condado. Ele foi fichado e enfrenta acusações que poderão ser atualizadas nos próximos dias. Até o momento, não há evidências de ligação direta de Soliman com grupos organizados, mas o procurador-geral do Colorado, Phil Weiser, classificou o ataque como um provável crime de ódio devido ao alvo escolhido.
Esse episódio pode aumentar o clima de insegurança já existente na comunidade judaica dos Estados Unidos, que vem sofrendo com atos violentos recentes, como o assassinato de funcionários da embaixada de Israel em Washington e incêndios criminosos contra autoridades locais.
