Ouça este conteúdo
A Samarco, que é controlada pelas mineradoras Vale e BHP Billiton, e a Fundação Renova terão que pagar pelo menos R$ 557 milhões até o fim de 2024, em razão dos danos causados pelo desastre da barragem de Fundão, em Mariana, que ocorreu em 2015. O valor se refere a multas aplicadas por órgãos ambientais, como o Ibama e o ICMBio, devido aos prejuízos ambientais e sociais causados pela tragédia.
Essas multas fazem parte do Novo Acordo de Mariana, que estabelece que a Samarco pague as quantias até o dia 31 de dezembro deste ano. Com a atualização dos valores, o montante das multas pode ultrapassar R$ 700 milhões. O dinheiro arrecadado será destinado ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, administrado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, para apoiar ações ambientais no país.
Além das multas, o novo acordo determina o repasse de R$ 100 bilhões para União, Estados e municípios que foram afetados pela tragédia. De acordo com a Advocacia Geral da União (AGU), a quitação dessas multas é uma forma de trazer um senso de justiça à população e fortalecer o controle sobre infrações ambientais. O procurador federal Júnior Fideles afirmou que esse pagamento também ajuda a prevenir novos desastres e a gerar recursos para políticas públicas ambientais.
