Belo Horizonte, 7 de junho de 2025

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Dólar cai para R$ 5,56 em dia tenso e surpreende investidores

Apesar da força do dólar no exterior e do payroll acima do esperado, cenário interno muda o rumo dos ativos e trava o impulso da Bolsa brasileira
Dólar em queda
Dólar em queda

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O dólar comercial fechou esta sexta-feira (06/06) em queda de 0,29%, cotado a R$ 5,569, o menor valor registrado nos últimos oito meses. A desvalorização da moeda americana ocorre mesmo com o fortalecimento do dólar no exterior e após uma sessão marcada por intensa volatilidade. Com esse movimento, o dólar acumula baixa de 2,63% na semana e já recuou 9,85% no ano. A Bolsa brasileira, por sua vez, encerrou o dia praticamente estável, com leve queda de 0,09%, aos 136.102 pontos.

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A queda da moeda americana chamou a atenção dos investidores por ocorrer na contramão dos principais mercados internacionais. No mesmo período, o índice DXY — que compara o dólar a uma cesta de seis moedas — subiu 0,46%, refletindo a leitura positiva do relatório de emprego dos Estados Unidos, o chamado payroll. O dado veio acima das expectativas e afastou os temores de uma recessão iminente no país, mesmo diante da incerteza sobre novas tarifas propostas por Donald Trump.

No Brasil, o mercado financeiro permanece em compasso de espera. Há expectativa de que o governo Lula apresente, durante o fim de semana, um pacote de medidas fiscais às lideranças partidárias. A proposta deverá substituir o possível aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que vinha sendo ventilado como uma saída para equilibrar as contas públicas. Esse cenário doméstico contribuiu para o alívio na cotação do dólar no final da tarde.

Durante a sessão, a moeda chegou a bater R$ 5,619 por volta das 12h16, em alta de 0,57%, acompanhando o movimento global. No entanto, ao longo do dia, fatores internos passaram a prevalecer, puxando a cotação para baixo. O mercado também segue atento à política monetária dos Estados Unidos, com operadores ainda precificando dois cortes de 25 pontos-base nas taxas de juros pelo Fed até o fim do ano. A primeira redução deve ocorrer em setembro.

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