Belo Horizonte, 1 de junho de 2025

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Justiça mantém MC Poze preso por apologia ao crime e ligação com facção

Funkeiro é acusado de promover o Comando Vermelho em músicas e shows; polícia aponta aliciamento de menores e uso de letras como propaganda criminosa
MC Poze preso
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A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão do cantor MC Poze do Rodo por apologia ao crime e suspeita de envolvimento com facção criminosa. O funkeiro, cujo nome verdadeiro é Marlon Brandon Coelho Couto Silva, passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (29), no Presídio de Benfica, na Zona Norte da capital. Ele foi detido durante a manhã, em sua casa, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O cantor já havia sido preso pelo mesmo motivo em 2019, quando também foi acusado de fazer apologia ao crime em suas músicas.

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De acordo com a Polícia Civil, MC Poze estaria utilizando sua popularidade e as próprias músicas para fazer propaganda do Comando Vermelho, facção criminosa que domina diversas comunidades no estado. Segundo os investigadores, as letras do artista fazem menções explícitas à facção, exaltam o uso de armas de grosso calibre e incentivam disputas com grupos rivais. A atuação dele estaria, ainda, associada ao recrutamento de menores para o tráfico, usando a influência do funk como ferramenta de aliciamento.

Veja trechos das letras do MC que a polícia aponta como exaltação à facção e desprezo por grupos rivais:

Fonte: G1
Fonte: G1
Fonte: G1
Fonte: G1
Fonte: G1
Fonte: G1

Durante os shows, segundo a polícia, Poze se apresentava exclusivamente em áreas controladas pelo Comando Vermelho, sempre cercado por traficantes fortemente armados, o que garantiria a segurança dos eventos. Ainda segundo os agentes, o conteúdo das músicas ultrapassa os limites da liberdade de expressão artística, ao passo que promove ações criminosas e legitima organizações armadas. “As músicas desse falso artista têm um alcance incalculável e, muitas vezes, são muito mais lesivas do que um tiro de fuzil disparado por um traficante”, afirmou o delegado Felipe Curi. A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) divulgou um vídeo para explicar o motivo da prisão de MC Poze do Rodo, onde reuniram registros dos bailes do MC Poze:

Apesar das acusações, o cantor nega envolvimento com o tráfico e classificou sua prisão como uma forma de perseguição. Em nota publicada nas redes sociais, a equipe de MC Poze alegou que a acusação “não faz o menor sentido” e destacou que o funkeiro venceu na vida por meio da música. “Poze é um artista. Muitos músicos, atores e diretores têm peças artísticas que fazem relatos de situações que seriam crimes, mas nunca são processados”, diz o comunicado. Na delegacia, Poze reforçou a alegação: “Essa implicância comigo já é de muito tempo. […] Isso é perseguição, é cara de pau. Não tem prova de nada.”

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