Belo Horizonte, 25 de dezembro de 2024

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Candidata do PL recebe R$ 10 mil e tem apenas 1 voto

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Um caso intrigante está dando o que falar em Entre Rios de Minas, na Região Central de Minas Gerais. A influenciadora política Iara Silva, que se candidatou à Câmara local pelo PL, conseguiu apenas um voto nas eleições, apesar de ter recebido R$ 10 mil do partido – o sétimo maior valor entre os 116 concorrentes do município. Especialistas estão pedindo uma investigação sobre essa situação, que parece estranha. As informações são do Estado de Minas.

O mestre em direito político Antonio Celso Baeta Minhoto aponta que há indícios que justificam uma apuração. Ele explica que, embora um desempenho abaixo da média não seja motivo suficiente para levantar suspeitas, a prestação de contas de Iara é o que realmente chama atenção. Ela pagou R$ 6.330 a dois prestadores de serviços, que também atuaram na campanha de Alexandre Tristão (PSB), candidato a prefeito que ficou em último lugar na disputa.

Moradores que conversaram com a reportagem em sigilo afirmam que Iara Silva vive em situação de vulnerabilidade social e não declarou bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A combinação do baixo desempenho, a condição social da candidata e o uso dos mesmos fornecedores para campanhas distintas levanta muitas perguntas.

Procurado pela reportagem, Tristão disse que não tinha conhecimento sobre o desempenho fraco de Iara e que a responsabilidade de esclarecer o caso era do PL. Já o deputado Marcelo Álvaro Antônio, do PL, comentou que os recursos para as candidatas femininas foram distribuídos igualmente entre as três postulantes do partido na cidade. Ele ressaltou que o uso do dinheiro e a prestação de contas são responsabilidade da candidata e do diretório local.

No total, 190 candidatos em Minas receberam dinheiro para suas campanhas, mas terminaram com zero ou apenas um voto. Iara foi a que recebeu mais recursos, com R$ 10 mil. Desses candidatos, 65% eram mulheres. Os partidos com mais casos de baixa votação foram PSD, União Brasil, PT, PL e Republicanos.

A legislação permite que os candidatos apresentem suas contas até 30 dias após a eleição, mas o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) ainda não confirmou se alguma investigação está em andamento. O Ministério Público Eleitoral também afirmou que tomará as medidas necessárias assim que necessário.

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