Belo Horizonte, 25 de dezembro de 2024

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Diretor da CVM quer condenação de ex-diretor absolvição de ex-presidente da Vale

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O diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Daniel Maeda, votou nessa terça-feira (1º) pela condenação do ex-diretor de Ferrosos da Vale, Peter Poppinga, a pagamento de multa de R$ 27 milhões por sua responsabilidade na tragédia de Brumadinho, que resultou em 272 mortes em janeiro de 2019.

Maeda, no entanto, propôs a absolvição do ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, argumentando que ele não tinha obrigação de acompanhar os assuntos operacionais diários. O julgamento foi interrompido após o diretor Otto Lobo pedir vista.

A CVM acusou ambos os executivos de negligência, por não buscarem proativamente informações sobre o estado da barragem e ignorarem sinais de alerta. A área técnica destacou que, após o rompimento, várias barragens da Vale foram consideradas de alto risco, indicando uma falha sistêmica que deveria ter sido conhecida pelos diretores.

Maeda enfatizou que ser diligente exige cuidado e prudência, e que a diretoria de Poppinga era responsável pela gestão de risco das barragens. A defesa de Poppinga argumentou que sua função era mais gerencial e que a barragem tinha estabilidade atestada por consultorias externas.

A CVM destacou a gravidade dos fatos e o impacto negativo na imagem do mercado de capitais, justificando a multa elevada. A defesa de Poppinga não foi localizada para comentar.

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