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O empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, foi morto por asfixia, conforme indicou o laudo pericial do Instituto de Criminalística entregue nesta terça-feira (17/06) ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O corpo do empresário foi encontrado dentro de um buraco no autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, no dia 31 de maio. O exame identificou lesões pulmonares, além de uma hemorragia recente compatível com morte por falta de ar, o que reforça a linha de investigação de assassinato.
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Com base nos resultados do laudo, a Polícia Civil passou a tratar oficialmente o caso como homicídio. Inicialmente, os investigadores ainda consideravam outras possibilidades para a morte de Adalberto, mas a confirmação da causa por asfixia mudou a direção das apurações. Segundo o DHPP, o exame toxicológico não encontrou vestígios de álcool ou drogas no sangue da vítima.
A ausência de substâncias químicas no organismo do empresário contraria a versão dada por Rafael Albertino Aliste, de 42 anos, amigo de Adalberto. Em depoimento à polícia, Aliste afirmou que os dois haviam consumido bebida alcoólica e fumado maconha durante o evento de motos realizado no autódromo de Interlagos no dia 30 de maio, data do desaparecimento. A declaração foi feita antes do corpo ser localizado, e a polícia informou que, até o momento, não há indícios que liguem o amigo ao crime.
Adalberto, que trabalhava no setor de óticas, foi visto pela última vez durante o evento. Seu carro foi encontrado na manhã seguinte, dentro de um estacionamento no autódromo, por familiares. Cerca de 180 seguranças prestavam serviço no local na data do desaparecimento, e parte deles, incluindo supervisores, já foi ouvida. Uma das linhas investigadas aponta a possibilidade de que o empresário tenha sido agredido por um dos profissionais da equipe de segurança. Além disso, os exames realizados no corpo não encontraram presença de esperma, o que ajuda a descartar motivação sexual para o crime. A investigação segue em andamento.