Belo Horizonte, 10 de junho de 2025

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Dólar cai pela terceira sessão seguida e renova menor cotação do ano

Recuo da moeda surpreende o mercado após anúncio de ajustes no IOF, novas tributações e movimentações diplomáticas entre potências globais
Queda dólar
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O dólar caiu pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira (09/06) e fechou em R$ 5,561, registrando a menor cotação do ano. O recuo de 0,13% foi impulsionado por dois fatores principais: o anúncio de novas medidas fiscais pelo governo Lula e a reunião entre autoridades dos Estados Unidos e da China, que buscou reduzir as tensões comerciais entre os dois países. Com essa nova queda, a moeda norte-americana acumula desvalorização de 9,98% em 2025.

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Logo após a abertura do mercado, às 9h07, o dólar chegou a R$ 5,552, com queda de 0,30%. No entanto, ao longo da manhã, a moeda oscilou e atingiu R$ 5,598 às 10h29, reagindo ao noticiário econômico. Com o passar do dia, os investidores adotaram uma postura mais cautelosa e o dólar voltou a cair, encerrando em leve baixa. A incerteza sobre o impacto das novas medidas fiscais nas contas públicas e nos ativos financeiros influenciou o comportamento do mercado.

Na Bolsa de Valores, o Ibovespa também refletiu o clima de incerteza e fechou em queda de 0,29%, aos 135.699 pontos. A variação negativa foi puxada por ações de grandes empresas como Petrobras, Itaú e Bradesco. O índice chegou a cair mais de 1% no pior momento do dia, alcançando 134.118 pontos, mas também esboçou recuperação parcial, atingindo os 136.105 pontos na máxima do pregão.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou o recuo na aplicação de alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Em contrapartida, o governo vai elevar a tributação sobre apostas esportivas, mudar as regras para instituições financeiras e aplicar um Imposto de Renda de 5% sobre rendimentos atualmente isentos, como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito Agrícola). Haddad também mencionou, segundo parlamentares, uma possível alteração na alíquota do JCP (Juros sobre Capital Próprio).

Essas mudanças devem ser oficializadas por meio de uma Medida Provisória (MP), cujo conteúdo ainda será discutido com o presidente Lula, que retorna ao Brasil nesta terça-feira (10). A movimentação do governo busca conter a perda de arrecadação gerada pelo recuo no IOF, após reunião com líderes partidários no domingo (8). Apesar disso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que ainda não é possível garantir o apoio do Congresso para aprovar a compensação fiscal proposta.

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