Belo Horizonte, 11 de janeiro de 2025

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Haddad contra deepfake

Haddad desmente boatos sobre impostos e critica disseminação de fake news

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Na última sexta-feira (9), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), utilizou sua conta oficial na rede social X para refutar rumores de que o governo estaria planejando criar impostos sobre o Pix, animais de estimação e investidores em dólar. As informações falsas ganharam força após a propagação de um vídeo produzido com tecnologia de deepfake, que atribuía declarações inexistentes ao ministro.

No vídeo publicado, Haddad fez questão de esclarecer os fatos e alertar sobre os prejuízos causados pelas fake news. “Imposto sobre Pix. Mentira. Imposto sobre quem compra dólar. Mentira. Imposto sobre quem tem um animal de estimação. Mentira”, declarou o ministro. Ele destacou ainda que a desinformação “prejudica o debate público, a política e a democracia”, além de confundir a população ao misturar mentiras com verdades.

Haddad reforçou que a única informação verdadeira no vídeo refere-se à tributação das casas de apostas, conhecidas como “bets”. Segundo o ministro, essas empresas, que movimentam grandes quantias de dinheiro, passarão a pagar impostos como qualquer outro negócio regularizado no Brasil.

 

 

 

 

A Advocacia-Geral da União (AGU) também entrou em ação contra a disseminação do conteúdo falso. Em uma notificação extrajudicial enviada ao Facebook, a AGU exigiu a remoção do vídeo em até 24 horas, sob pena de medidas adicionais. O documento ressalta que o material foi manipulado por inteligência artificial, apresentando cortes bruscos, movimentações labiais alteradas e discrepâncias no timbre de voz, características típicas de deepfakes. Caso o vídeo não seja removido, a AGU solicita que seja incluída uma identificação clara informando que se trata de uma criação artificial.

A situação ocorre em um momento delicado para a regulação das redes sociais. Recentemente, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou mudanças no sistema de verificação de fatos das plataformas do grupo. Segundo Zuckerberg, os verificadores de fatos serão substituídos por um sistema de “notas da comunidade”, no qual os próprios usuários analisarão as postagens.

A decisão gerou críticas de lideranças brasileiras. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou que a Corte não tolerará que as redes sociais sejam usadas para propagar discursos de ódio, nazismo, misoginia e outros conteúdos antidemocráticos. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a situação como “extremamente grave” e defendeu que as plataformas digitais assumam a mesma responsabilidade legal que outros meios de comunicação.

As fake news, especialmente quando impulsionadas por tecnologias como deepfake, representam um desafio crescente para o ambiente democrático e a segurança das informações compartilhadas. Haddad concluiu seu posicionamento incentivando a população a deixar de lado as mentiras e focar em construir um país melhor.

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