Ouça este conteúdo
Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, primo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), foi preso em flagrante no dia 23 de maio, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 30 quilos de maconha escondidos no bagageiro de um Toyota Etios prata. A abordagem foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG), coordenada pela Polícia Federal, quando Glaycon deixava a cidade em direção a Nova Serrana, na região Centro-Oeste do estado. Segundo a Polícia Federal, ele admitiu que transportava a droga, mas não revelou quem seria o destinatário.
✅ Fique por dentro! Receba as notícias do G5 Minas em primeira mão no WhatsApp. 📲
A entrada de Glaycon no sistema prisional mineiro foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que informou que ele permanece detido no presídio Professor Jacy de Assis, à disposição da Justiça. Na audiência de custódia, realizada no dia 24 de maio, o juiz José Roberto Poiani, da Comarca de Uberlândia, converteu a prisão em flagrante em preventiva, ressaltando que a “grande quantidade de drogas” justificava a medida, mesmo que o réu seja primário e possua residência e emprego fixos.
Glaycon é filho de Enéas Fernandes, ex-candidato a prefeito de Nova Serrana pelo PL, partido de Nikolas Ferreira e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a campanha eleitoral, Nikolas, Bolsonaro e Michelle Bolsonaro chegaram a pedir votos para Enéas, conforme registros públicos nas redes sociais. O município de Nova Serrana era justamente o destino final da droga, conforme relatado pelo próprio acusado durante a abordagem policial na BR-452, sentido Belo Horizonte.
A operação da FICCO-MG contou com o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Mato Grosso do Sul. Um homem que também estava no veículo no momento da abordagem foi ouvido e, em seguida, liberado. A defesa de Glaycon pediu sua liberdade provisória, mas o juiz negou o pedido, destacando que a expressiva quantidade de entorpecentes apreendidos representava risco à ordem pública e justificava a manutenção da prisão.