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A Justiça de Belo Horizonte reabre o caso da morte da advogada Carolina da Cunha Pereira França Magalhães, que caiu de um prédio no bairro São Bento, em junho de 2022. Inicialmente tratado como suicídio, o caso agora é investigado como assassinato, com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acusando Raul Rodrigues Costa Lages, então namorado da vítima, de ser o responsável pela morte.
Em setembro deste ano, o MPMG denunciou Raul por homicídio triplamente qualificado, incluindo feminicídio, motivo torpe e recurso que impediu a defesa da vítima. O juiz Bruno Sena Carmona aceitou a denúncia e tornou Lages réu no processo. Segundo a acusação, Carolina foi agredida e jogada do oitavo andar do prédio após uma discussão com o acusado. A vítima foi encontrada desacordada e sem sinais de defesa no corpo, indicando que foi lançada da janela enquanto estava incapaz de se defender.
De acordo com a denúncia, após agredir Carolina, Raul teria limpo os cômodos e tentado esconder evidências antes de cortar a tela de proteção da janela e jogá-la para a morte. O promotor Fabiano Mendes Cardoso afirmou que o crime foi motivado pelo sentimento de posse do acusado e pelo inconformismo com o fim do relacionamento.
A defesa de Raul Lages, no entanto, nega as acusações e sustenta que Carolina sofria de graves distúrbios emocionais e psiquiátricos, o que poderia ter levado à sua queda. Eles também questionam a conduta da família de Carolina, que teria alterado a cena do crime antes da perícia. O caso segue em andamento e o acusado responde ao processo em liberdade.