Belo Horizonte, 9 de janeiro de 2025

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Trump mira anexar territórios

Trump agita o cenário internacional após declarações polêmicas sobre a Groenlândia, Canadá e Panamá, a poucos dias de sua posse

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Faltando apenas 11 dias para sua posse oficial como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump gerou controvérsia ao insinuar a intenção de anexar territórios estrangeiros ao domínio norte-americano. Sob a bandeira do polêmico slogan “Make America Great Again” (torne a América grande novamente), Trump destacou regiões estratégicas como Groenlândia, Canal do Panamá e até mesmo o Canadá, apontando razões econômicas e de segurança nacional para justificar suas declarações.

Groenlândia: o foco estratégico do Ártico

Trump reafirmou seu interesse em adquirir a Groenlândia, um território dinamarquês localizado no Ártico, que ele considera vital para a segurança dos EUA. Seu filho, Donald Trump Jr., visitou recentemente a ilha e reiterou o desejo do pai em comprar a região, mesmo diante das negativas de líderes groenlandeses e dinamarqueses.

“Precisamos dessas áreas para a segurança econômica e estratégica dos Estados Unidos”, declarou Trump. A Groenlândia, além de abrigar importantes bases militares americanas, possui vastos depósitos de minerais cruciais para tecnologias avançadas, o que intensifica seu valor geopolítico. Entretanto, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, descartou qualquer possibilidade de negociação, afirmando que “a Groenlândia pertence aos groenlandeses”. Apesar de sua ampla autonomia, a Groenlândia ainda faz parte do Reino da Dinamarca e depende economicamente de Copenhague, com subsídios anuais que sustentam grande parte de sua economia.

Canal do Panamá: o retorno de um velho debate

Em declarações controversas, Trump afirmou que o Canal do Panamá deveria voltar ao controle norte-americano, classificando sua devolução ao Panamá em 1999 como um “erro estratégico”. Ele também propagou a falsa alegação de que o canal estaria sob controle chinês.

“O Canal do Panamá é essencial para a nossa segurança nacional. A decisão de devolvê-lo foi um grande erro, e precisamos reavaliar isso”, afirmou Trump.

O ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha, respondeu prontamente, reforçando que “a soberania do canal é inegociável”. Ele também rejeitou qualquer tipo de oferta ou discussão econômica, ressaltando a importância histórica da independência panamenha na administração do canal.

Canadá: o vizinho alvo de pressão econômica

Trump sugeriu a anexação do Canadá, chamando a fronteira entre os dois países de “linha traçada artificialmente” e defendendo que a união traria benefícios econômicos significativos.

“Canadá e Estados Unidos: isso seria realmente algo. Temos sido bons vizinhos, mas não podemos fazer isso para sempre. É uma quantia enorme de dinheiro”, disse Trump.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, pronunciou-se posteriormente, descartando qualquer possibilidade de união política. “Somos os maiores parceiros comerciais e de segurança, e isso deve continuar assim, como países distintos”, afirmou Trudeau.

Mudança de nomenclatura: o “Golfo da América”

Trump também propôs renomear o Golfo do México como “Golfo da América”, alegando que os EUA desempenham papel central na exploração da região, rica em petróleo. “Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’. A gente faz todo o trabalho lá. Que nome lindo. E é apropriado”, concluiu Trump.

Resposta mexicana: “América Mexicana”

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, rebateu as declarações de Trump com ironia, sugerindo que os EUA poderiam ser chamados de “América Mexicana”. Acompanhada pelo ex-ministro da Cultura José Alfonso Suárez del Real, ela apresentou mapas históricos para reforçar suas críticas.

“O fato é que a América Mexicana é reconhecida desde o século 17… Como o nome de toda a parte do norte do continente (americano)”, explicou Suárez del Real, apontando para as áreas no mapa.

Apesar das críticas, Sheinbaum enfatizou seu desejo de manter relações diplomáticas positivas com o governo norte-americano.

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