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Em Minas Gerais, a temporada de chuvas chega com um alerta: 44 barragens de mineração estão embargadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) devido à falta de segurança. Essas estruturas, que abrigam mais de 517 milhões de metros cúbicos de rejeitos, colocam em risco mais de 60 mil pessoas, um número superior à população de muitas cidades do estado. A situação crítica de algumas barragens, como a de Serra Azul em Itatiaiuçu, exige atenção máxima. Ela está em nível 3 de emergência, o que significa risco iminente de ruptura. Já a barragem Forquilha 3, da Vale, em Itabirito, também está em alerta, mas possui uma estrutura de contenção que promete limitar os danos.
Infelizmente, algumas dessas barragens ainda utilizam a técnica proibida de alteamento a montante, responsável pelos desastres em Mariana e Brumadinho. A falta de monitoramento adequado e problemas estruturais, como rachaduras e infiltrações, aumentam o risco de tragédias semelhantes. Em algumas áreas de Minas, como em Itatiaiuçu, os moradores estão sendo evacuados por precaução. A proximidade com rodovias movimentadas e fontes de abastecimento de água torna a situação ainda mais alarmante.
Enquanto isso, empresas como a ArcelorMittal tentam minimizar os riscos com novos sistemas de monitoramento, mas as promessas de segurança nem sempre conseguem eliminar o medo. O que todos esperam é que as soluções cheguem a tempo de evitar mais um desastre. A tensão segue alta e a população está atenta.