Belo Horizonte, 13 de junho de 2025

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Quiroprata rompe artéria de mulher ao estalar pescoço durante sessão

Procedimento realizado por profissional substituto causou lesão grave e levou paciente à UTI com risco de AVC
Quiroprata estala errado
Quiroprata estala errado

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Uma sessão de quiropraxia que deveria aliviar dores nas costas terminou quase em tragédia para a norte-americana Carissa Klundtm, de 41 anos. Durante um atendimento em dezembro de 2022, um quiroprata estalou o pescoço da paciente de forma incorreta e rompeu uma artéria vertebral, o que por pouco não provocou um AVC fatal. A mulher havia iniciado o tratamento após sentir dores persistentes no peito e nas costas, sintomas que surgiram após a retirada de implantes mamários anos antes. A situação serve de alerta para os riscos associados à manipulação cervical feita sem o devido cuidado.

Carissa havia realizado duas sessões anteriores sem intercorrências. No entanto, na terceira, o atendimento foi feito por um quiroprata substituto. Após o ajuste na região do pescoço, ela sentiu uma dor aguda que, inicialmente, associou a uma distensão muscular. Mesmo com incômodos e náuseas constantes, seguiu sua rotina normalmente por alguns dias. Foi só após desmaios e alterações na visão que seu marido a convenceu a procurar atendimento médico urgente.

Exames de imagem revelaram que Carissa sofria de uma dissecção da artéria vertebral — condição grave que ocorre quando há ruptura no revestimento interno da artéria localizada no pescoço, responsável por levar sangue ao cérebro. O quadro exigiu internação em UTI, pois havia risco de evolução para um acidente vascular cerebral (AVC). Durante a recuperação, ela apresentou afasia, dificuldade para se comunicar causada pela diminuição do fluxo sanguíneo cerebral.

Mesmo após receber alta, a educadora física enfrentou cansaço extremo, dores intensas e perda de mobilidade. Hoje, quase três anos após o incidente, Carissa ainda convive com as sequelas da lesão: não pode praticar esportes de impacto nem dar aulas com exercícios físicos intensos. O caso reforça a importância da avaliação criteriosa antes de se submeter a práticas que envolvam manipulação da coluna cervical.

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