Belo Horizonte, 25 de dezembro de 2024

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Segurança de Gusttavo Lima é preso por vínculo com o PCC

Investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, agente policial é capturado após se entregar. Suspeito é apontado em esquema criminoso envolvendo facção

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O policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como “Rogerinho Punisher”, foi preso nesta segunda-feira (23) ao se apresentar em uma delegacia de Santos, no litoral paulista. Rogério, que atuava como agente de telecomunicações da Polícia Civil de São Paulo, também realizava serviços de segurança particular, tendo integrado a equipe que fazia a proteção do cantor sertanejo Gusttavo Lima.

“Rogerinho” era procurado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público (MP) sob a suspeita de corrupção e envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de destaque no país. Sua prisão foi decretada no dia 17 de dezembro, mesma data em que outros policiais foram detidos no âmbito da mesma investigação.

Entre os presos estão o delegado Fábio Baena e os investigadores Eduardo Lopes Monteiro (“Du”), Marcelo Roberto Ruggieri (“Xará”), Marcelo Marques de Souza (“Bombom”), Valmir Pinheiro (“Bolsonaro”) e o agente policial Valdenir Paulo de Almeida (“Xixo”). A acusação contra o grupo inclui crimes como lavagem de dinheiro e recebimento de propinas milionárias.

 

Investigados presos na operação da PF e do MP em São Paulo — Foto: Reprodução

 

As investigações ganharam impulso após o empresário Vinicius Gritzbach, que também era investigado por lavagem de dinheiro, acusar os policiais de cobrarem R$ 40 milhões em propinas para isentá-lo de responsabilidades em assassinatos atribuídos a ele. Gritzbach foi executado em novembro, pouco depois de delatar os agentes e outros membros da facção. As autoridades apuram a hipótese de que os policiais possam ter participado da execução do empresário, em retaliação às suas denúncias.

Além dos policiais, o advogado Ahmed Hassan Saleh (“Doutor Mudi”) e os empresários Ademir Pereira de Andrade e Robinson Granger de Moura (“Molly”) também foram detidos. Todos estão implicados em um esquema de movimentação ilegal de cerca de R$ 72 milhões, envolvendo negócios imobiliários e empresas de fachada, supostamente usadas para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas e das atividades do PCC.

Procurada pela TV Globo para comentar sobre o fato, a assessoria de imprensa do artista informou que o policial prestou serviço em alguns shows como integrante da equipe de segurança do artista. Em nota, a Balada Eventos, empresa que gerencia a carreira do cantor, declarou:

“Tomamos conhecimento da operação na manhã de hoje (17/12) e esperamos que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos perante a autoridade policial que preside a investigação”

Agora, com a prisão de Rogério, ele será transferido para uma unidade prisional destinada a agentes públicos, enquanto as investigações seguem em andamento.

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