Belo Horizonte, 18 de maio de 2025

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José Dirceu era alvo de plano de assassinato na trama golpista

Documentos revelam detalhes da conspiração que previa eliminar lideranças políticas com apoio de integrantes do alto escalão
Plano golpista mirava José Dirceu
Plano golpista mirava José Dirceu

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José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, foi identificado como um dos alvos principais de um plano golpista que previa o assassinato de lideranças políticas e judiciais no Brasil. Conforme documentos obtidos e revelados pela Folha de S.Paulo, ele era tratado pelo codinome “Juca” em um texto elaborado pelo general da reserva Mário Fernandes. O plano, chamado “Punhal Verde Amarelo”, teria sido arquitetado por aliados do então presidente Jair Bolsonaro em 2022, e previa atentados contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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No documento, cada alvo era designado por um codinome: Lula era “Jeca”, Alckmin “Joca”, Moraes era chamado de “professora” e Dirceu surgia como “Juca”. A descrição atribuía ao ex-ministro a função de “iminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov”, indicando que sua neutralização seria estratégica para desestabilizar a chamada “esquerda mais radical”. Inicialmente, houve dúvida entre os investigadores sobre a identidade por trás do nome “Juca”, com a possibilidade de ser também uma referência a Flávio Dino, então senador eleito e futuro ministro da Justiça.

O general da reserva Mário Fernandes é apontado como autor intelectual do plano. Um oficial da reserva ligado a ele relatou que Dirceu era considerado uma figura ainda influente nos bastidores do governo Lula. Essa percepção teria motivado sua inclusão entre os alvos prioritários da ação terrorista. A defesa do general afirmou que só irá se manifestar após ter acesso integral aos autos do processo e às provas colhidas durante as investigações.

A trama golpista contava com métodos como envenenamento e uso de explosivos, com execução prevista para o dia 15 de dezembro de 2022, apenas três dias após a diplomação oficial de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro teve conhecimento da conspiração e consentiu com o andamento do plano. A própria PGR afirmou em relatório que o então presidente foi informado sobre a proposta enquanto o Ministério da Defesa reconhecia a inexistência de qualquer indício de fraude nas eleições.

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