Ouça este conteúdo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou um vídeo em suas redes sociais — X e Truth Social — afirmando se tratar de um bombardeio contra milicianos houthis no Iêmen. Segundo Trump, o grupo estaria reunido para organizar um ataque, mas teria sido atingido por forças americanas antes de colocar qualquer plano em prática. “Oops, não haverá ataque dos houthis!”, escreveu, em tom de deboche. A gravação, feita por um drone militar, mostra dezenas de pessoas em uma área desértica, seguidas por uma explosão e uma cratera no local.
Fique por dentro! Receba as notícias do G5 Minas em primeira mão no WhatsApp. 
A publicação ocorre em meio a uma onda de críticas e polêmicas envolvendo as ações militares dos Estados Unidos no Oriente Médio. Trump alega que os alvos eram combatentes houthis recebendo instruções, e garante que a ofensiva foi uma resposta direta às ameaças contra navios americanos no Mar Vermelho. No entanto, o vídeo não apresenta data nem localização precisa, o que gerou questionamentos sobre a veracidade das informações compartilhadas.
Enquanto Trump celebrou o ataque como um suposto sucesso militar, os houthis ofereceram uma versão totalmente diferente. Segundo canais de comunicação ligados ao grupo, o local atingido abrigava uma “reunião tribal” convocada para expressar apoio à população de Gaza. “O presidente dos EUA admitiu seu crime e se orgulha disso”, afirmou a imprensa local, condenando a ação como um ataque a civis.
Além disso, nas redes sociais, usuários sugerem que o grupo filmado seria formado por civis, possivelmente reunidos para uma cerimônia de ramadã, tradição bastante comum no Iêmen. Fotos de outras reuniões semelhantes começaram a circular como forma de contestar a narrativa americana. Até o momento, o governo dos EUA não confirmou oficialmente o local exato, a data do ataque nem forneceu mais detalhes sobre as vítimas ou possíveis danos colaterais.
