Belo Horizonte, 12 de maio de 2025

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STF forma maioria por prisão e perda de mandato de Carla Zambelli

Condenação por orquestrar invasão ao CNJ com hacker inclui indenização milionária e risco de inelegibilidade

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Na sexta-feira (9), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão, que foi tomada durante uma sessão virtual, seguiu o voto do relator Alexandre de Moraes. A maioria dos ministros concordou com a pena de Zambelli, que inclui 10 anos de prisão em regime fechado, além da perda de seu mandato parlamentar e inelegibilidade. Delgatti, por sua vez, recebeu uma pena de 8 anos e 3 meses de prisão, também em regime fechado, e multa. Ambos terão que pagar R$ 2 milhões em indenização por danos morais e coletivos.

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A investigação revelou que Zambelli e Delgatti coordenaram a invasão ao sistema do CNJ com o objetivo de desacreditar a Justiça e incitar atos antidemocráticos. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli orientou Delgatti a inserir documentos falsos, como um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, buscando enfraquecer a legitimidade do sistema judiciário. Os ministros do STF consideraram essa ação uma grave violação dos princípios constitucionais e um atentado contra a credibilidade das instituições.

A motivação da pena de Zambelli foi justificada por Moraes, que destacou seu papel como “instigadora” e “mandante” do ataque, classificando suas ações como uma afronta direta à dignidade da Justiça. O relator afirmou que os ataques coordenados por Zambelli e Delgatti comprometeram a confiança da sociedade nas instituições republicanas. A PGR também destacou que os crimes cometidos ultrapassaram o âmbito pessoal e atentaram contra a segurança do Poder Judiciário.

A defesa de Carla Zambelli afirmou que irá recorrer da decisão, alegando que a pena é desproporcional e que as acusações não correspondem aos fatos. Por outro lado, a defesa de Walter Delgatti informou que também recorrerá, questionando a interpretação das provas que fundamentaram a sentença. A deputada divulgou uma nota alegando que está sendo vítima de perseguição política. A decisão do STF ainda não foi finalizada, pois faltam os votos de dois ministros, Cármen Lúcia e Luiz Fux, que têm até o dia 16 de maio para apresentar seus votos no sistema do STF.

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