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Após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), travar a tramitação do projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, a oposição decidiu retomar a obstrução dos trabalhos legislativos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (24) e, segundo os líderes oposicionistas, a medida só será suspensa caso seja marcada a data para votação do requerimento de urgência da proposta. Essa decisão coloca mais tensão no ambiente político e promete impactar o andamento de pautas importantes.
De acordo com o líder da Oposição, deputado Zucco (PL-RS), a estratégia de obstrução será mantida enquanto não houver definição sobre o projeto. O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, complementou que a obstrução será interrompida apenas em dois casos específicos: na votação do recurso contra a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e na análise do pedido de suspensão da ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos os temas tramitam atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Em entrevista a jornalistas, Sóstenes foi enfático ao criticar a decisão de Hugo Motta. “Não foi um dia feliz para o colégio de líderes e espero que, na reunião de quarta-feira que vem, nós possamos corrigir um erro grosseiro cometido na decisão no dia de hoje. Nós não vamos arredar um milímetro da decisão do PL, da Oposição e da Minoria”, afirmou o parlamentar, reforçando a posição firme dos grupos contrários à paralisação da proposta de anistia.
Com a retomada da obstrução, o ritmo dos trabalhos na Câmara pode ser afetado nas próximas semanas. Assim, a expectativa agora gira em torno da próxima reunião de líderes, marcada para a próxima quarta-feira, onde a oposição espera reverter a situação e garantir a continuidade da tramitação da anistia.
