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Moradores de Sabará, Baldim, Jequitibá e outras cidades da bacia do Rio das Velhas, em Minas Gerais, relataram o aparecimento de peixes mortos nas águas escuras do rio. Esse fenômeno, associado à chegada das chuvas após um longo período de seca, traz graves consequências para as populações locais.
A chuva intensa carrega para o rio resíduos acumulados durante a estiagem, como lixo, agrotóxicos e produtos da mineração. Além disso, as cinzas das queimadas recentes também contribuem para a poluição das águas, piorando ainda mais a situação. Esse excesso de resíduos tóxicos é fatal para os peixes, levando a uma mortandade em massa que afeta diretamente o ecossistema da região.
Impacto social
A morte dos peixes não só indica um problema ambiental grave, mas também afeta diretamente as comunidades que dependem do rio para suas atividades diárias, como irrigação de lavouras e uso doméstico da água. A má qualidade da água em decorrência da poluição compromete a saúde e o bem-estar dessas populações ribeirinhas.
É um erro encarar essa situação como comum. O acúmulo de lixo, o descarte inadequado de resíduos e o tratamento insuficiente de esgoto são práticas humanas que impactam diretamente os rios e suas vidas aquáticas. A mortandade de peixes é um sinal claro de que a água está contaminada em níveis críticos, e isso não pode ser ignorado.