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A Polícia Civil de Minas Gerais atualizou o número de mortos no acidente na BR-116 para 41, em coletiva de imprensa realizada neste domingo (22). A colisão, que aconteceu na madrugada de sábado (21), envolveu um ônibus, uma carreta e um carro de passeio próximo à região de Lajinha, em Teófilo Otoni. Inicialmente, haviam sido confirmadas 38 mortes.
O perito criminal Felipe Dapieve informou que as investigações contam com imagens para elucidar as causas do acidente. Segundo ele, até o momento, 41 corpos deram entrada no Instituto Médico Legal (IML), sendo que 12 já foram identificados e dois estão em processo de liberação para os familiares. “A perícia segue detalhada para oferecer respostas às famílias e à sociedade”, destacou Dapieve.
Esse é o acidente com o maior número de mortes registrado em rodovias federais desde 2007, quando a Polícia Rodoviária Federal iniciou a série histórica de dados.
Imagens de segurança confirmaram que a causa do acidente foi o desprendimento de um grande bloco de granito transportado pela carreta, que caiu e atingiu o ônibus. A análise da nota fiscal da carga revelou que havia excesso de peso, o que contribuiu para o incidente.
O ônibus transportava 45 passageiros, além de três ocupantes do carro e o motorista da carreta, totalizando 49 pessoas diretamente envolvidas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que o ônibus estava em situação regular no momento do acidente. Em nota, a empresa Emtram, responsável pelo veículo, afirmou estar oferecendo todo o apoio necessário aos envolvidos e seus familiares, além de se solidarizar com as vítimas da tragédia.
O governo de Minas Gerais também emitiu nota oficial. O governador Romeu Zema declarou que todas as forças de segurança estão mobilizadas desde o início da ocorrência. “Colocamos aeronaves do Gabinete Militar à disposição para deslocar equipes de trabalho e apoio, além de garantir o atendimento ágil às vítimas e seus familiares”, informou.
O motorista da carreta, que havia fugido do local do acidente, se entregou à Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (23). Acompanhado de advogados, ele se apresentou na delegacia do bairro São Diogo. Vale ressaltar que o homem estava com a carteira de habilitação apreendida há dois anos, após se recusar a fazer o teste do bafômetro em uma blitz da Lei Seca em Mantena, no Vale do Rio Doce, em 2022. Desde então, ele estava proibido de dirigir.