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Pardos e pretos formam a maioria dos moradores de favelas e comunidades urbanas em Minas Gerais, segundo o IBGE. O dado, divulgado no Censo 2022, aponta que 78% dos moradores dessas áreas são autodeclarados pardos ou pretos, evidenciando uma concentração maior dessa população nesses territórios, enquanto a presença de brancos é menor.
Dos 739.932 moradores de favelas em Minas, 56,78% se identificaram como pardos e 21,33% como pretos. O estudo mostra também que o percentual de pardos nas favelas é 10 pontos percentuais maior do que na população geral do estado, que registra 46,76% de pardos. Já as pessoas pretas representam apenas 11,84% na população total de Minas, percentual 1,8 vezes menor do que nas favelas, indicando a desigualdade racial na distribuição populacional.
Para o IBGE, essa realidade se repete nas demais regiões do Brasil, refletindo os impactos das políticas públicas insuficientes. As favelas, que surgiram em função de uma falta de moradia adequada e de direitos garantidos, são territórios populares onde a população se organiza coletivamente para suprir as próprias necessidades, já que investimentos públicos e privados nesses locais são escassos.