Belo Horizonte, 11 de janeiro de 2025

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Maduro assume novamente

Controvérsias marcam posse e líderes latino-americanos se recusam a comparecer

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Nesta sexta-feira (10), Nicolás Maduro tomou posse como presidente da Venezuela pela terceira vez, em uma cerimônia realizada na Assembleia Nacional, em Caracas. A transição de poder, no entanto, ocorre em um ambiente de intensas contestações e uma polarização crescente dentro do país, especialmente em relação ao processo eleitoral de julho de 2024.

A vitória de Maduro tem sido fortemente questionada pela oposição, que alega irregularidades e acusa o governo de fraudar os resultados das eleições. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo partido governista, declarou que Maduro foi reeleito com 52% dos votos, embora muitos contestem a veracidade desses números. A oposição, com base em dados não confirmados de urnas, aponta que o outro candidato, González, teria alcançado cerca de 70% dos votos, o que alimenta ainda mais a crise de legitimidade.

Em seu discurso de posse, Maduro disse que era um momento de fortes emoções e destacou que o novo mandato será voltado para garantir a paz, a prosperidade e a soberania nacional, reforçando seu compromisso de assegurar um futuro de estabilidade para o país em um tom combativo e confiante. Ele também ressaltou que o país está em paz, desafiando as críticas de que seu governo seria responsável por uma crescente repressão à oposição.

Maduro não poupou críticas a líderes internacionais, chamando de “extrema direita sionista” o presidente argentino Javier Milei e atacando ex-presidentes colombianos, como Álvaro Uribe Vélez e Iván Duque. Em contraposição às vozes de crítica, a cerimônia contou com a presença de representantes dos governos de Cuba e Nicarágua, aliados históricos de Maduro, além de representantes da Rússia, Irã e China.

Por outro lado, líderes latino-americanos próximos ao governo de Maduro, como o presidente colombiano Gustavo Petro e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, optaram por não comparecer ao evento. A diplomacia brasileira, contudo, enviou a embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira, como representante.

O governo dos Estados Unidos manifestou seu apoio à oposição venezuelana. Após a captura e posterior libertação de María Corina Machado (líder da oposição venezuelana que foi detida enquanto saía de uma manifestação contra o presidente Nicolás Maduro), Donald Trump, que tomará posse como presidente em 20 de janeiro, declarou que reconhecia González como “presidente eleito” e afirmou que tanto ele quanto outros líderes opositores deveriam ser mantidos “seguros e vivos”.

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