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Em um movimento que impacta milhões de brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta segunda-feira (30), um reajuste de R$ 106 no valor do salário mínimo. A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário passará de R$ 1.412 para R$ 1.518, trazendo benefícios para mais de 53 milhões de pessoas em todo o país. O aumento, no entanto, segue as novas regras estabelecidas pelo governo para limitar o crescimento do mínimo.
O incremento de R$ 106 foi determinado dentro de um novo arcabouço fiscal, que estabelece um limite de 2,5% de aumento real, acima da inflação, para os próximos anos. A medida faz parte do pacote de cortes fiscais proposto pelo Ministério da Fazenda, com o objetivo de equilibrar as contas públicas. Embora restrinja o crescimento do salário mínimo, a nova fórmula ainda garante um aumento superior à inflação, preservando o poder de compra dos trabalhadores.
A mudança no reajuste do salário mínimo foi sancionada por Lula na última sexta-feira (27), após aprovação do Congresso. De acordo com a nova lei, o aumento será fixado entre 0,6% e 2,5% acima da inflação, garantindo uma elevação real no valor, mas sem ultrapassar esses limites. Antes dessa alteração, o cálculo do aumento levava em conta a inflação do ano anterior e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, o que podia resultar em ajustes mais significativos.
A alteração tem um impacto direto em benefícios como aposentadorias, seguro-desemprego e abono salarial, todos vinculados ao salário mínimo. Segundo estimativas do Ministério da Fazenda, a mudança deve gerar uma economia de R$ 15,3 bilhões nos próximos anos. O governo espera que a contenção de gastos seja alcançada, pois o aumento do salário mínimo influencia diretamente esses benefícios pagos anualmente.
Com a regra anterior, o salário mínimo projetado para 2025 seria de R$ 1.528. No entanto, com o novo decreto, o valor final será R$ 1.518, uma diferença de R$ 10, que reflete a redução no aumento real causado pela limitação do novo arcabouço fiscal.