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A atriz e apresentadora Luana Xavier usou suas redes sociais nesta quarta-feira (11/06) para relatar um caso de racismo sofrido por ela em Salvador. Segundo o relato, o episódio ocorreu na última semana, quando uma criança, acompanhada dos pais, a chamou de “feia” repetidamente enquanto ela se dirigia a uma exposição no Salvador Shopping. O caso, compartilhado por Luana em vídeo publicado no Instagram, gerou intensa repercussão e dividiu opiniões entre os internautas.
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“Sim, eu sofri racismo vindo de uma criança. Mas já imagino que receberei comentários dizendo que o que aconteceu não foi racismo, ou que foi uma brincadeira de criança”, escreveu Luana na legenda. No vídeo, Luana detalha a situação, explicando que, a princípio, ficou sem saber como reagir. “Ela falou isso três vezes. Pensei em fazer uma careta para ela, mas preferi adotar uma postura mais séria. Fechei o rosto como forma de mostrar que aquilo não era certo”, contou. A atriz ainda destacou que os pais da criança não reagiram em momento algum, o que, segundo ela, reforça como comportamentos racistas podem ser naturalizados desde a infância e ignorados pelos próprios responsáveis. “Pessoas pretas passam por situações de racismo o tempo inteiro, então a gente começa a diferenciar e a saber o que é racismo e o que não é”, pontuou Luana.
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A publicação provocou reações diversas nas redes. Parte do público demonstrou apoio à atriz, reconhecendo a importância de denunciar atitudes racistas, mesmo quando vêm de crianças. No entanto, muitos comentários minimizaram o ocorrido. Alguns usuários alegaram que Luana estaria exagerando, considerando que se tratava de uma criança pequena. Veja alguns dos comentários feitos por internautas: “Você querer lacrar por causa de uma criança de 4 anos te chamando de feia? Pelo amor de Deus!”. “Já ouvi crianças agirem assim com várias pessoas, inclusive comigo. Elas falam assim para a própria mãe, imagine com quem não conhecem”. “As crianças chamam as pessoas de gordas, feias, chatas, barriguda, velhas… e muito mais. São apenas crianças”. “Desde quando a palavra feia se refere à sua raça?”. “Se uma criança com 4 anos te desestabiliza, imagina quando for uma pauta maior.”
Apesar das críticas, o relato de Luana Xavier abre um importante espaço de reflexão: crianças não nascem racistas, mas podem reproduzir falas e comportamentos observados no ambiente em que vivem. Isso reforça a necessidade de que pais e responsáveis estejam atentos e orientem desde cedo sobre respeito e empatia. Minimizar a situação com o argumento de que “é só uma criança” apenas perpetua o ciclo de preconceito. A infância deve ser um tempo de construção de valores como respeito, inclusão e convivência saudável com as diferenças.
