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O caso envolvendo a atriz Luana Xavier, que disse ter sofrido racismo ao ser chamada de “feia” por uma criança em Salvador, ganhou um novo desdobramento. O influenciador Jota, do perfil “Siga o Negro”, publicou um vídeo nas redes sociais em que rebate diretamente a atriz. Segundo ele, o episódio não se trata de racismo e expõe o que chamou de “fragilidade exagerada” por parte da artista.
No vídeo, Jota ironiza a reação de Luana: “Tu já abriu as narinas e ficou encarando uma criança de 4 anos porque ela te chamou de feia? Te recompoe, negrona!”, dispara. O influenciador questiona a sensibilidade da atriz e afirma que o discurso de empoderamento da mulher negra não combina com esse tipo de reação. “Como é que carrega o Brasil nas costas se não aguenta uma criança de quatro, cinco anos malcriada?”, diz ele, acrescentando que esse tipo de postura seria resultado de um discurso influenciado por setores acadêmicos e movimentos brancos. Jota finaliza dizendo: “Alguém precisa passar uma cola bonder na nossa gente, todo mundo se quebrando o tempo todo. tudo frágil!”
A publicação de Luana Xavier segue repercurtindo e dividindo opiniões. Segundo ela, a questão vai além de um simples xingamento. A atriz destaca que não houve reação por parte dos pais da criança e que pessoas negras aprendem, com o tempo, a identificar o racismo mesmo quando ele não vem escancarado.
O vídeo de “Siga o negro” já conta com mais de 50 mil curtidas e mais de 8 mil comentários e muitos internautas concordaram com o influenciador, dizendo que Luana exagerou. O caso levanta uma discussão necessária e complexa. O racismo é uma pauta urgente e deve ser combatido em todas as suas formas. No entanto, também é preciso cuidado para interpretar cada situação com clareza. Nem toda atitude ofensiva parte do preconceito racial. A linha entre ofensa e racismo existe e entender onde ela começa é parte essencial do combate ao preconceito de forma responsável.