Belo Horizonte, 18 de junho de 2025

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Homem que agrediu criança em palco de festa junina é liberado após assinar TCO no DF

Pai invadiu o palco durante apresentação escolar, atacou menino de 4 anos e foi solto por ser infração de menor potencial ofensivo
Homem agride criança em festa junina
Homem agride criança em festa junina

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Um homem de 41 anos foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), mesmo depois de agredir uma criança de quatro anos durante uma apresentação de festa junina em uma escola de Vicente Pires, no Distrito Federal. O incidente ocorreu no domingo (15/06), quando o agressor, pai de um dos alunos participantes da apresentação, invadiu o palco onde crianças pequenas se apresentavam, derrubou o menino no chão e o segurou pelo pescoço, após um desentendimento entre as crianças. Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o crime foi registrado como de menor potencial ofensivo, o que, pela legislação, permite a liberação imediata mediante compromisso de comparecimento à Justiça.

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De acordo com os relatos registrados na 8ª Delegacia de Polícia, uma mulher comunicou ter sido vítima de desacato durante a confusão. O homem foi detido por outros pais de alunos no momento da agressão, ocorrida em meio a uma apresentação de alunos entre três e quatro anos de idade. Ainda conforme o documento, a justificativa apresentada pelo agressor à polícia foi que seu filho estaria sofrendo bullying e, ao presenciar mais uma suposta agressão contra ele, “perdeu o controle”.

As cenas do episódio causaram revolta entre os presentes. Vídeos registrados por pais na plateia mostram os momentos que antecederam a agressão onde é possível ver um desentendimento entre as crianças no palco. O menino que foi agarrado pelo pescoço aparece nas imagens empurrando colegas, sem qualquer repreensão ou intervenção por parte das professoras. Na sequência, o pai do outro aluno invade o palco, segura o menino pelo pescoço e o joga no chão, provocando choro generalizado entre as crianças e desespero nos adultos. Um outro homem tentou conter o agressor, empurrando-o para afastá-lo. Outros vídeos também registraram a confusão generalizada que se formou logo após o ataque. Pais e responsáveis partiram para cima do agressor e o imobilizaram até a chegada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que levou todos os envolvidos à delegacia, onde a ocorrência foi formalizada.

Além de atingir a criança, o homem também teria agredido uma policial civil que estava presente na escola, o que agravou ainda mais a situação. Apesar disso, a legislação prevê penas brandas para os crimes de desacato e vias de fato, enquadramentos feitos neste caso. Para desacato, a pena pode variar de dois meses a dois anos; para vias de fato, de 15 dias a três meses, ou multa. Nenhuma dessas penalidades prevê prisão imediata, o que resultou na liberação do agressor após os procedimentos legais.

A defesa do homem divulgou nota nas redes sociais alegando que ele reagiu de forma emocional ao ver o filho sendo vítima de mais uma agressão sem que a escola tomasse providências. Segundo os advogados, ele reconhece que errou, mas sua atitude foi motivada por episódios recorrentes de bullying.

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