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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou uma operação, nessa quarta-feira (30/10), para cumprir mandados de prisão contra cinco suspeitos de envolvimento no homicídio de uma mulher, de 33 anos, ocorrido no Morro das Pedras, em Belo Horizonte, no fim do último mês.
Segundo apurado, a vítima foi brutalmente agredida e morta após ser acusada de furtar carregador por traficantes locais. Foram presos quatro homens, sendo dois, de 23 e 41 anos, em flagrante, no dia do assassinato; e outra dupla, de 20 e 22 anos, por mandados de prisão temporária durante operação da PCMG. Um quinto envolvido, de 19 anos, segue sendo procurado.
Brutalidade
De acordo com as investigações, no dia 23 de setembro, a vítima foi acusada de furtar um carregador de pistola semiautomática e, como punição, sofreu agressões físicas (chutes e socos) em um beco.
Em seguida, a mulher foi arrastada pelos suspeitos por cerca de 200 metros, até ser agredida até a morte e lançada em uma ribanceira de aproximadamente 20 metros.
Facção criminosa
A equipe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apurou que os suspeitos de envolvimento no crime são integrantes de uma organização criminosa de abrangência nacional, com histórico de atividades violentas na região.
Durante a operação, foram apreendidos vestimentas e celulares – que serão analisados para continuidade do inquérito policial –, além de duas armas de fogo, munições e documentos relacionados com o caso.
“A operação, que contou com a participação de 29 policiais e oito viaturas, envolveu efetivos das Delegacias Especializadas em Homicídios (DEH) Centro/Sul, Leste, Venda Nova, Noroeste e Barreiro”, destacou a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, da 5ª DEH. “Durante a prisão do investigado de 22 anos, o suspeito resistiu e tentou tomar a arma de um policial, gritando referências ao grupo criminoso; mas foi rapidamente contido”, completou.
A delegada salienta que as investigações contaram com o apoio do Grupo Especializado de Patrulhamento em Áreas de Risco (Gepar) da Polícia Militar de Minas Gerais. Até o momento, 11 testemunhas e envolvidos foram ouvidos, e o inquérito permanece aberto para apurar o envolvimento de outros suspeitos e reunir provas adicionais.
Todos os cinco suspeitos já foram indiciados por homicídio qualificado por tortura, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.