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Em um movimento que pode indicar uma trégua na acirrada guerra comercial entre Estados Unidos e China, o presidente americano Donald Trump afirmou nesta quarta-feira (9) que não espera novos aumentos de tarifas contra o país asiático. A fala veio logo após Washington impor novas tarifas sobre produtos chineses, elevando os impostos de importação para 125%. Apesar disso, Trump sinalizou otimismo: “Vamos fazer um bom acordo com a China, tenho certeza”, disse ele durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
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A possível desaceleração nas tensões comerciais ocorre num cenário de fortes retaliações mútuas. A China, em resposta direta, anunciou uma nova tarifa adicional de 50% sobre produtos americanos, elevando a carga total para 84% em várias categorias. Além disso, o governo chinês impôs novos controles de exportação sobre 12 empresas dos EUA e adicionou mais seis à lista de “entidades não confiáveis”, o que praticamente as impede de operar no mercado chinês.
Mesmo em meio ao endurecimento das tarifas, Trump adotou um tom conciliador em relação ao presidente chinês, Xi Jinping. “Xi Jinping é uma das pessoas mais inteligentes do mundo”, afirmou. Segundo ele, não há intenção de deixar o conflito ultrapassar o campo comercial. “Estamos fazendo US$ 2 bilhões por dia com tarifas. Vamos ver como vai ficar agora após a pausa de 90 dias”, comentou, referindo-se à suspensão temporária de novas medidas.
Trump também abordou o impasse em torno do TikTok. Ele afirmou que o acordo envolvendo o aplicativo “ainda está na mesa” e reconheceu que “a China não está muito feliz em assiná-lo agora”. No entanto, demonstrou confiança em um desfecho positivo: “Acredito que a China quer, sim, assiná-lo”. Questionado sobre um possível encontro com Xi Jinping, Trump respondeu que se encontraria “normalmente” e disse que “gosta muito dele” e o “respeita muito”.
