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Em mais um capítulo da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (16) a aplicação de uma tarifa de importação de até 245% sobre produtos chineses. A justificativa do governo americano é a necessidade de proteger a segurança nacional dos EUA e combater o que classifica como práticas comerciais desleais da China. A nova medida representa um aumento significativo em relação aos 145% já divulgados anteriormente e surpreendeu analistas por sua magnitude.
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De acordo com o documento divulgado pela Casa Branca, as tarifas incluem diferentes camadas: uma taxa recíproca de 125%, 20% para conter a crise do fentanil e adicionais da chamada Seção 301, que variam entre 7,5% e 100% sobre bens específicos. Essa seção é uma ferramenta legal usada pelo governo americano para responder a práticas comerciais que considera abusivas, especialmente quando envolvem transferência forçada de tecnologia, propriedade intelectual e inovação — áreas nas quais Washington acusa Pequim de irregularidades.
Ainda que o governo norte-americano tenha atualizado o documento para esclarecer a composição da tarifa, não detalhou como chegou ao valor exato de 245%. Mesmo com a recente tentativa de aproximação entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, o clima de tensão voltou com força. Setores estratégicos para a China, como tecnologia da informação, veículos de nova energia, aviação e robótica, estão entre os mais afetados pelas novas restrições.
O Ministério das Relações Exteriores da China reagiu com cautela. Em resposta a jornalistas, o porta-voz Lin Jian afirmou que “podem perguntar ao lado americano o valor específico das tarifas” e que a China deve manter sua posição, sinalizando que Pequim ainda estuda sua resposta. Até o momento, o governo chinês não anunciou contramedidas, mas a expectativa é de que a tensão comercial aumente nos próximos dias.
