Belo Horizonte, 30 de maio de 2025

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Governo decreta emergência após caso de gripe aviária ser confirmado na Grande BH

Três aves infectadas em sítio de Mateus Leme mobilizam autoridades e reforçam medidas de monitoramento e prevenção
Gripe aviária em Minas
Gripe aviária em Minas

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Minas Gerais confirmou, nesta terça-feira (27/05), um caso de gripe aviária H5N1 na Grande BH. O foco foi identificado em três aves ornamentais — um cisne negro e dois gansos — em um sítio localizado no município de Mateus Leme, região metropolitana de Belo Horizonte. Em razão do episódio, o governador Romeu Zema (Novo) decretou emergência sanitária por 180 dias, conforme publicação em edição especial do Diário Oficial. A decisão visa reforçar as ações de monitoramento e prevenção à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), com medidas alinhadas às diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

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De acordo com o painel de monitoramento de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Mapa, o foco se deu na espécie de cisne negro, que, segundo o vice-governador Mateus Simões (Novo), foi contaminado pela passagem de aves migratórias. Em vídeo enviado à imprensa, Simões destacou que “é um risco que infelizmente acontece” e garantiu que “todas as providências estão sendo tomadas” para conter o avanço da gripe aviária. Ele também tranquilizou a população, afirmando que não há risco no consumo de carne ou ovos, uma vez que a doença não é transmitida por alimentos devidamente cozidos.

Segundo o prefeito de Mateus Leme, Renílton Coelho (Republicanos), os primeiros indícios surgiram em 16 de maio, quando os animais foram encontrados mortos e encaminhados para exames laboratoriais, que confirmaram a presença do vírus H5N1. O município está realizando o monitoramento de todas as pessoas que vivem na propriedade e que possam ter tido contato com os animais infectados. Esse acompanhamento será feito ao longo de dez dias para verificar possíveis sintomas. Coelho reforçou que “todas as medidas sanitárias já estão sendo tomadas” e que “não existe risco comunitário”. O prefeito ainda esclareceu que não há impactos econômicos para a cidade, já que a atividade avícola não tem relevância no município.

Esse não é o primeiro registro da doença em Minas Gerais. Em 2023, houve um caso isolado envolvendo um pato de vida livre diagnosticado com Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (H9N2). No entanto, o caso atual envolve a IAAP, considerada mais preocupante pela sua maior capacidade de transmissão e letalidade entre as aves. Segundo o governo mineiro, as ações adotadas integram o Plano de Contingência da IAAP, criado em 2022, quando o primeiro foco da doença surgiu na América do Sul. O Executivo estadual ressaltou que, até o momento, não há qualquer comprometimento da produção avícola em Minas.

Entre as medidas de prevenção determinadas estão: reforço nas biosseguranças das granjas comerciais, intensificação das políticas de educação sanitária, vigilância em propriedades classificadas como de risco, além de cadastro e vistoria em criatórios de subsistência. Também estão previstas ações sanitárias específicas em áreas onde houver eventual foco da doença. Embora a transmissão para humanos seja rara, o governo esclareceu que pode ocorrer em casos de alta exposição ou baixa imunidade, mas reiterou que a gripe aviária não é transmitida por alimentos bem cozidos.

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