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Um tremor de terra foi registrado na noite desta terça-feira (22), por volta das 22h05, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a Rede Sismográfica Brasileira e o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o abalo teve magnitude de 2,5 mR — mesma intensidade do tremor ocorrido exatamente um mês antes, em 22 de março. O epicentro foi identificado em área rural próxima à represa Várzea das Flores.
A Superintendência Municipal de Defesa Civil de Betim confirmou que recebeu diversos relatos de moradores assustados, que sentiram o chão tremer e ouviram um forte estrondo. Apesar disso, até o momento, não há registro de feridos ou danos materiais. O novo tremor reforça o histórico de sismicidade da cidade, que já contabiliza diversos episódios semelhantes nos últimos anos, especialmente em regiões com solo mais sensível a pressões geológicas.
Segundo especialistas da UnB, os pequenos tremores são comuns em Minas Gerais, que é o estado com maior número de abalos sísmicos registrados no Brasil. Esses eventos estão ligados a falhas geológicas ativas na crosta terrestre e, embora naturais e de baixa magnitude, despertam atenção por sua frequência. No caso de Betim, a presença dessa falha estrutural contribui para a recorrência dos tremores.
Mesmo sendo considerados de baixa gravidade, os abalos sísmicos continuam sob monitoramento. A Prefeitura informou que está em fase de construção de uma base para instalação de um sismógrafo na cidade, fruto de uma parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e a Universidade de Brasília. A medida vai reforçar o acompanhamento da atividade sísmica e garantir respostas mais rápidas em futuras ocorrências.
A Defesa Civil de Betim permanece em plantão 24 horas e orienta que, em caso de novos tremores ou qualquer intercorrência, a população acione o número 199. Embora o alerta siga ativo, o órgão reforça que, até o momento, os abalos registrados não representam perigo à segurança da população e não há motivo para pânico.
