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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição imediata da fabricação, venda e distribuição de três marcas de “pó para preparo de bebida sabor café”, conhecidas como “café fake”. As marcas afetadas são Melissa, Pingo Preto e Oficial, que já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em 25 de março por serem impróprias para o consumo. A decisão foi motivada pela presença da toxina ocratoxina A, uma substância considerada prejudicial à saúde humana.
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Além da toxina, a fiscalização identificou que as três marcas apresentavam graves irregularidades. Embora os rótulos informassem conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, os produtos eram compostos por ingredientes de qualidade inferior, incluindo grãos crus e até resíduos. De acordo com análises laboratoriais do MAPA, também foram encontradas matérias estranhas e impurezas acima do limite legal de 1%. Entre os materiais detectados estavam pedras, areia, sementes de outras espécies e partes vegetais como galhos, folhas e cascas.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do MAPA, Hugo Caruso, os produtos analisados eram compostos por “lixo da lavoura”. A Anvisa, portanto, decidiu pela proibição total de comercialização, propaganda e uso desses produtos. A resolução, publicada nesta segunda-feira (02/06), também determina que todos os lotes sejam recolhidos do mercado imediatamente.
O Ministério da Agricultura orienta que os consumidores que tenham adquirido as marcas Melissa, Pingo Preto ou Oficial interrompam o consumo e busquem a substituição dos produtos com base no Código de Defesa do Consumidor. Caso os itens ainda sejam encontrados à venda, a denúncia pode ser feita pelo canal oficial Fala.BR, informando o nome e endereço do estabelecimento onde a compra foi realizada.