Belo Horizonte, 27 de dezembro de 2024

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Braço direito de Braga Netto ligado a influenciador Bolsonarista

Coronel da reserva é acusado de espalhar desinformação contra generais

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O coronel da reserva Flávio Botelho Peregrino, braço direito do general Walter Braga Netto, está no centro de uma polêmica após ser alvo de mandados de busca e apreensão na operação que prendeu o ex-ministro. Integrantes da cúpula do Exército apontam Peregrino como responsável por disseminar desinformação entre a militância bolsonarista, visando difamar generais que se recusaram a apoiar tentativas golpistas para impedir a posse do presidente Lula.

Oficiais do Quartel-General do Exército afirmam que Peregrino era um dos informantes do comentarista e influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo Filho, neto do último ditador do regime militar, João Batista Figueiredo. Figueiredo Filho, ex-comentarista da rádio Jovem Pan, ajudou a espalhar a narrativa de que “generais melancia” ignoraram apelos por uma intervenção militar para manter Bolsonaro no poder.

Figueiredo Filho foi indiciado pela Polícia Federal na investigação sobre a trama golpista para barrar a posse de Lula. Ele leu na Jovem Pan um manifesto golpista e atacou os “generais melancia”, incluindo Tomás Paiva, Richard Nunes, Valério Stumpf, Fernando Soares e Marco Antonio Freire Gomes.

Embora a tese de resistência ao golpe seja positiva para os generais, todos rejeitam a versão de Figueiredo de que havia uma cisão no Alto Comando e negam simpatias esquerdistas, alegando união em respeito à Constituição.

Segundo a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, pelo menos um integrante do Alto Comando, o general Estevam Teophilo, teria se mostrado disposto a aderir a uma ruptura institucional, o que ele nega.

A falta de apoio externo, especialmente dos EUA, foi um obstáculo natural a uma aventura golpista. O descontentamento com a condução do processo eleitoral e o resultado das urnas não foi suficiente para uma virada de mesa.

Procurado, o coronel Flávio Peregrino inicialmente não quis se manifestar, mas depois afirmou que a acusação é “leviana e se aproveita do anonimato da fonte”. Ele negou ter falado com Paulo Figueiredo Filho e destacou sua trajetória exemplar no Exército.

Peregrino alega que o elo de Figueiredo no governo passado era o tenente-coronel Mauro Cid. Apesar de ter sido alvo de busca e apreensão, Peregrino não foi indiciado nem citado oficialmente entre os investigados no inquérito das tramas golpistas.

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