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O relatório final da Polícia Federal (PF), que indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por uma tentativa de golpe de Estado, deve ser enviado hoje (25) à Procuradoria-Geral da República (PGR). O documento, com 800 páginas, detalha investigações sobre reuniões e diálogos da suposta cúpula que teria orquestrado o plano.
A PGR, comandada pelo procurador-geral Paulo Gonet, terá inicialmente 15 dias para decidir se apresentará denúncia, pedirá arquivamento ou requisitará novas diligências. Dada a complexidade do caso e o volume de informações, a formalização da denúncia deve acontecer somente em 2025.
Essa é a primeira vez que um ex-presidente eleito no período democrático é acusado de conspirar contra a democracia. Bolsonaro foi indiciado por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. Entre os 36 indiciados estão quatro ex-ministros e outras figuras-chave do governo passado.
A investigação foi impulsionada após a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro. Diferentemente dos inquéritos que investigam os envolvidos diretamente nos atos, este mira os possíveis idealizadores.
