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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento nesta quinta-feira (05/06), às 15h, na superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. O motivo do interrogatório é esclarecer o financiamento que ele fornece ao filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante a estadia deste nos Estados Unidos. A oitiva ocorre por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no inquérito que investiga a atuação de Eduardo junto ao governo do presidente norte-americano Donald Trump, buscando sanções contra autoridades brasileiras.
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A investigação foi aberta após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), com base em provocação feita pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Lindbergh já prestou depoimento à PF na última segunda-feira (02/06). O inquérito aponta que Eduardo Bolsonaro vem realizando articulações políticas nos Estados Unidos, inclusive com o objetivo de pressionar o governo norte-americano a impor sanções contra ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes, além da PGR e da própria PF.
O ex-presidente Jair Bolsonaro terá de responder se, de fato, financia o filho durante a estadia nos EUA, conforme já teria declarado anteriormente. A PF apura se, além do apoio financeiro, Bolsonaro foi beneficiado direta ou indiretamente pelas ações de Eduardo, que tem denunciado o que chama de abusos cometidos por autoridades brasileiras. O depoimento do ex-presidente busca esclarecer esses pontos e sua eventual participação nas investidas do filho.
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Eduardo Bolsonaro também foi intimado a prestar esclarecimentos, mas, por estar nos Estados Unidos, responderá por escrito. Recentemente, o deputado tem usado canais públicos para relatar sua atuação internacional e reforçar a narrativa de que há perseguição política no Brasil. Entre os episódios mais recentes, destaca-se o discurso do deputado norte-americano Cory Mills, no dia 21/05, que denunciou suposta “censura generalizada” no país e pediu a aplicação de sanções, informação endossada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que afirmou: “Isso está sendo analisado agora. E há uma grande possibilidade de que isso aconteça”.
