Belo Horizonte, 13 de abril de 2025

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Carro modificado atropela jovens em faixa e levanta suspeita de racha

O motorista já tinha 12 multas por excesso de velocidade e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça

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O carro dirigido por Brendo dos Santos Sampaio, estudante de Direito de 24 anos, que atropelou e matou as jovens Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, ambas de 18 anos, tinha modificações que aumentavam sua potência. O acidente aconteceu na noite de quarta-feira (9/4), na Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. O veículo possuía dois escapamentos esportivos e outras alterações que indicam possível participação em rachas, segundo apontou o juiz Marco Mattos Sestini, durante a audiência de custódia realizada na quinta-feira (10/4).

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Brendo já havia sido autuado por 12 infrações de trânsito por excesso de velocidade, segundo apuração da polícia. Esse histórico de imprudência pesou na decisão da Justiça, que converteu a prisão em flagrante do motorista em preventiva. O pedido foi feito pela Polícia Civil após constatar que ele dirigia muito acima do limite de 60 km/h permitido na via. Vídeos de câmeras de segurança reforçaram a tese, mostrando que o carro vinha em altíssima velocidade no momento em que as duas vítimas atravessavam na faixa de pedestres, quando o semáforo ainda estava prestes a fechar para os veículos.

O impacto da colisão foi tão forte que arremessou as jovens a mais de 50 metros, matando as duas na hora. A frente do carro ficou completamente destruída, apenas o corpo das vítimas foi suficiente para causar esse nível de dano no veículo, o que evidencia a força da batida e o excesso de velocidade. As imagens também revelam que Isabela e Isabelli conversavam enquanto atravessavam, sem notar a aproximação do carro, que aparece abruptamente na cena. O trecho é urbano, bem sinalizado e tem grande circulação de pedestres, o que reforça a gravidade da conduta do motorista.

Isabela e Isabelli eram amigas inseparáveis. Haviam estudado o ensino médio juntas e, segundo relatos da família, estavam saindo para comemorar o primeiro emprego. Isabelli começaria como jovem aprendiz em um supermercado no dia 14 de abril. “Elas eram muito amigas, inseparáveis. Estudaram o ensino médio juntas e morreram juntas. A Isabelli ia começar a trabalhar. Não deu tempo. Elas saíram para comemorar e estavam voltando para casa”, contou a mãe de Isabelli.

Para o advogado Rafael Felipe Dias, que representa as famílias das vítimas, as alterações no veículo indicam uma conduta habitual de imprudência. O juiz responsável pela decisão também citou no termo da audiência que as modificações sugerem um comportamento voltado à prática de corridas ilegais, o que agrava ainda mais o caso.

Brendo foi preso por homicídio doloso, quando há intenção de matar, com base nos indícios reunidos pelas autoridades. Ele havia sido liberado após prestar depoimento, mas teve a prisão preventiva decretada logo em seguida, diante da gravidade das provas e do risco de fuga ou reiteração da conduta.

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