Belo Horizonte, 26 de maio de 2025

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Assassinos da advogada emboscada em Contagem são condenados

Trio responsável pela execução a tiros recebe penas após julgamento que durou horas
Assassinos de advogada são condenados
Assassinos de advogada são condenados

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Os três homens identificados pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) como responsáveis pela morte da advogada Carla Cristina Santos Silva, de 54 anos, foram condenados pelo Tribunal do Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O julgamento, que durou cerca de 17 horas, ocorreu na quinta-feira (22/05) e resultou na condenação de Crystofer Cauã Candeia, Rawan Gabriel Ferreira Silva e Nadson Ribeiro dos Santos. O crime, classificado como duplo homicídio qualificado, aconteceu em 13 de abril de 2024, no Bairro Parque Maracanã, em Contagem. Além da advogada, Jonatas Rafael Candeia, de 32 anos, também foi executado no local após ser atingido por diversos disparos.

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Segundo a sentença proferida pelo juiz Elexander Camargos Diniz, Crystofer Cauã Candeia foi condenado a 31 anos, um mês e 10 dias de reclusão em regime fechado, incluindo, além do duplo homicídio, a prática de furto simples. Já Nadson Ribeiro dos Santos recebeu pena de 35 anos, 6 meses e 20 dias de prisão, também em regime fechado. Ambos estão foragidos desde a época do crime, o que agrava a sensação de insegurança para familiares e para a sociedade. Por outro lado, Rawan Gabriel Ferreira Silva, que teve reconhecida uma participação de “menor importância” no crime, foi condenado a 18 anos, um mês e 23 dias de reclusão. Ele permanece preso preventivamente.

De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, Carla Cristina foi morta após ter ajudado a esposa de um ex-cliente, apontado como mandante do crime, a sair do país. Conforme esclareceu o delegado Ítalo Fernandes de Almeida, da Delegacia de Homicídios de Contagem, a advogada criou vínculo de amizade com a mulher, que relatou ser vítima de violência doméstica e ter “medo de morrer”. Ao ajudar essa pessoa a deixar o Brasil, Carla passou a ser considerada inimiga pelo ex-cliente, que teria ordenado sua morte. A execução ocorreu quando Carla e Jonatas desembarcavam de um carro de aplicativo, momento em que foram surpreendidos por dois homens armados que efetuaram cerca de 25 disparos. A ação criminosa foi registrada por testemunhas e por câmeras, e os autores foram identificados por meio de programas de reconhecimento facial.

O homem apontado como mandante da emboscada foi preso em 10 de junho de 2024, durante uma operação conjunta da Diretoria de Inteligência (DINT) e do Grupamento Especializado em Recobrimento (GER) da Polícia Militar de Minas Gerais. Ele foi capturado enquanto jantava em um restaurante de luxo na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. Segundo a polícia, o suspeito também era considerado chefe do tráfico de drogas no aglomerado Frigo Diniz, em Contagem. No momento da abordagem, ele apresentou documento falso, mas já possuía mandado de prisão preventiva em aberto, referente a uma condenação por tráfico de drogas, com pena fixada em 16 anos de reclusão no regime fechado.

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