Belo Horizonte, 21 de maio de 2025

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Marido premeditou assassinato da esposa na Pampulha e queria se livrar dela, aponta polícia

Investigação revela comportamento estranho e preparo do suspeito antes do crime brutal durante festa familiar
Marido premeditou crime
Marido premeditou crime

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A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que o assassinato de Fernanda Dantas Garrido Ribeiro, de 40 anos, durante o feriado de 1º de maio, foi um crime de feminicídio premeditado. O responsável pelo crime, seu marido, Arthur Henrique Franco Ribeiro de Paula, de 38 anos, foi indiciado na última quinta-feira (16/05). O crime ocorreu em uma pousada na região da Pampulha, em Belo Horizonte, durante uma confraternização familiar. Segundo a delegada Iara França, que conduz a investigação, o comportamento do autor antes do crime revela sinais claros de planejamento. Fernanda foi morta com frieza e de forma violenta, com golpes de facão no pescoço, diante de familiares.

De acordo com a investigação, o casal estava separado e dormia em quartos diferentes. Ainda assim, Arthur teve a iniciativa de organizar uma reunião familiar, o que, segundo testemunhas, foi atípico. “Eles estavam dormindo em quartos separados. Estavam separados. Então, ele teve a ideia de fazer uma confraternização familiar e passou a tratá-la de forma muito carinhosa. Até a família dele estranhou ao vê-lo abraçando a Fernanda. A família sabia que ele era frio com ela”, relatou a delegada Iara França. Pouco tempo depois, o homem foi até o quarto da própria mãe, pegou um facão e desferiu os golpes fatais na esposa.

A sequência dos fatos e o comportamento de Arthur apontam que ele agiu de forma premeditada. A delegada afirmou que o autor do crime sabia onde estava o facão e como agir após o crime. “Ele procurou o objeto do crime, sabia que deveria fugir para a fazenda da família no norte de Minas Gerais, sabia qual veículo iria usar”, afirmou Iara França. Para a polícia, esses elementos demonstram que o crime foi planejado com antecedência. “Ele já estava premeditando os fatos, ele queria se livrar dela de qualquer jeito”, completou.

A frieza com que o crime foi cometido também chama atenção dos investigadores. Mesmo após o primeiro golpe, Arthur teria continuado a golpeá-la. “Depois, ele ainda ficou olhando aquela cena, vendo Fernanda cair com a cabeça praticamente decepada sobre a mesa e ainda desfere mais golpes contra ela”, contou a delegada. Essa brutalidade foi presenciada por familiares presentes na pousada, o que agrava ainda mais a situação.

Sobre a possibilidade de o autor do crime ter cometido o ato em meio a um surto, a Polícia Civil informou que não há laudo que comprove essa hipótese. Arthur havia ingerido apenas duas taças de vinho e tomado os medicamentos de uso contínuo, de acordo com os depoimentos colhidos. “Sobre a possibilidade de surto, não tem laudo médico. A família que falou que ele se tornou muito depressivo e precisava de medicação. Depois de preso, ele ficou em silêncio o tempo todo e não alega que teve surto”, disse a delegada. O suspeito foi localizado e preso no dia seguinte ao crime, em uma rodovia na cidade de Curvelo, na região Central de Minas Gerais.

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