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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar um contrato de R$ 211,5 milhões firmado pelo Ministério da Saúde com a Voare Táxi Aéreo, empresa associada ao empresário Renildo Lima. Em setembro de 2024, Renildo foi preso com R$ 505 mil escondidos na cueca, durante uma operação que investigava a compra de votos. O empresário é marido da deputada Helena da Asatur (MDB-RR), aliada do governo Lula e ex-administradora da Voare.
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A principal alegação de Zambelli é de que o contrato pode representar favorecimento político e desvio de finalidade. A deputada também destaca um possível conflito de interesses, já que Helena, que até recentemente era sócia da empresa, agora atua como parlamentar da base governista. A contratação da Voare, segundo o Ministério da Saúde, é voltada ao transporte aéreo de indígenas e equipes de saúde na Terra Yanomami, região que enfrenta grave crise humanitária.
Apesar do pedido de investigação feito por Zambelli, a PGR informou que ainda não recebeu formalmente a denúncia. A parlamentar, por sua vez, acusa o Ministério da Saúde de omissão e questiona a continuidade dos contratos mesmo após os episódios envolvendo Renildo Lima. De acordo com ela, apenas em 2024, a Voare teria recebido R$ 75 milhões dos cofres públicos.
Zambelli também usou as redes sociais para reforçar suas críticas ao governo federal. Em uma publicação, acusou o Executivo de manter um “esquema de corrupção sustentado por contratos milionários”. Este saco de grana oficial do governo Lula parece inesgotável e sustenta uma trama infinita de privilégios e favorecimentos”. Embora até o momento não tenha apresentado provas, a oposição pressiona por respostas rápidas, enquanto o caso segue ganhando repercussão.