Belo Horizonte, 8 de abril de 2025

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Vendas da Tesla desabam e ações despencam no pior trimestre em três anos

Desempenho decepcionante no início de 2025 derruba valor da montadora e gera tensão entre investidores

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A Tesla vive seu pior momento em três anos. Nos primeiros três meses de 2025, a montadora de carros elétricos liderada por Elon Musk entregou cerca de 337 mil veículos — uma queda de 13% em relação ao mesmo período de 2024. Com isso, as ações da empresa desabaram no início do pregão da última quarta-feira (2), acendendo o alerta entre investidores e analistas do mercado financeiro. A crise combina múltiplos fatores, desde a forte concorrência com a chinesa BYD até o envolvimento político polêmico de Musk no governo de Donald Trump.

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A empresa atribuiu a queda no desempenho à transição para uma nova versão de seu carro mais vendido. No entanto, especialistas apontam que os problemas vão além das mudanças no portfólio. O investidor Ross Gerber, um dos primeiros apoiadores da Tesla, foi direto ao comentar os resultados: “A Tesla está em colapso e pode ser que não se recupere”. Para ele, o comportamento de Musk está afastando consumidores e investidores. Nos últimos meses, Gerber chegou a pedir publicamente que o conselho da Tesla substituísse o bilionário como CEO.

Além da forte concorrência da BYD, que tem crescido no mercado global de veículos elétricos com modelos mais acessíveis, a imagem de Elon Musk tem sido alvo de protestos. Ele atualmente ocupa um cargo especial no governo Trump, liderando o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), criado para cortar gastos e reduzir servidores públicos. O ativismo político do empresário tem gerado boicotes ao redor do mundo, atingindo diretamente a reputação da Tesla entre consumidores progressistas e ambientalistas.

Rumores sobre uma possível saída de Musk do governo começaram a circular após reportagem do site Politico, que afirmou que Trump estaria cogitando o afastamento do empresário nas próximas semanas. Curiosamente, após essa informação, as ações da Tesla voltaram a subir. Ainda assim, a Casa Branca classificou a notícia como “lixo”, negando qualquer mudança. Por lei, Musk só pode atuar no governo por até 130 dias por ano, o que limita seu tempo no cargo até junho.

Desde o início de 2025, as ações da Tesla acumulam queda superior a 25%, reflexo direto da turbulência institucional e comercial enfrentada pela companhia. Analistas alertam que, se a montadora não recuperar a confiança do mercado e dos consumidores nos próximos trimestres, a tendência de queda pode se intensificar, comprometendo o futuro de uma das maiores referências em inovação automotiva da última década.

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