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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está enfrentando um momento de grande turbulência política e pessoal, após se ver afastada de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente do Brasil, de quem era uma das principais aliadas. Em entrevista recente, Zambelli revelou o quanto se sentiu abandonada por Bolsonaro, afirmando que esperava, em troca de todo o apoio que deu ao ex-presidente desde 2013, uma retribuição e amizade. Ela também criticou a acusação de que teria sido responsável pela derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
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Zambelli, que ganhou destaque no Congresso por defender fervorosamente o governo Bolsonaro, disse que “não só eu, como outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento em que precisaram.” Ela lembra com pesar do apoio que deu a Bolsonaro em 2018 e como se posicionou nas frentes mais agressivas contra a oposição. “Esperava ter algum tipo de retribuição em relação a isso”, declarou. Mas, ao que parece, sua relação com o ex-presidente se desfez nos momentos mais críticos.
Além de lidar com a sensação de abandono, Zambelli enfrenta questões jurídicas graves. Na última semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto e à perda de mandato por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O julgamento ainda está suspenso, mas a deputada já se prepara para recorrer da decisão. Ela também está lutando para reverter uma condenação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relacionada à desinformação, algo que considera uma perseguição política.
A ex-aliada de Bolsonaro, conhecida por ser uma das principais porta-vozes do discurso bolsonarista contra as urnas eletrônicas, reflete sobre o episódio envolvendo a arma durante as vésperas da eleição de 2022, o qual gerou grande repercussão negativa. Zambelli admitiu seu arrependimento pelo incidente, afirmando: “Devia ter entrado no carro e ido embora”. E sobre as palavras de Bolsonaro, que afirmou que “Carla Zambelli tirou o mandato da gente“, ela discorda, alegando que, embora o episódio tenha sido um erro, não foi determinante para a vitória de Lula, além de ter sido um peso emocional considerável para ela, levando-a a enfrentar períodos de depressão desde então. A deputada expressou sua frustração por ter ouvido críticas de Bolsonaro, o que a deixou extremamente chateada
