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A Justiça do Trabalho determinou que uma siderúrgica mineira pague R$ 50 mil de indenização a um ex-funcionário, após ele desenvolver depressão e ansiedade devido ao assédio moral no trabalho. O funcionário, que sofreu um acidente de moto em 2010, ficou com sequelas e passou a ser alvo de piadas cruelmente repetidas por seu chefe e colegas.
Entre os apelidos humilhantes, ele era chamado de “Calopsita Manca” por causa de uma deficiência na perna. Em sua defesa, o trabalhador relatou que, apesar de não se considerar deficiente, sofreu com os ataques constantes e até procurou apoio psicológico. A situação piorou quando, mesmo após conversas com a gerência, o assédio continuou, incluindo o uso de um grupo de WhatsApp para zombarias.
O laudo médico confirmou que o trabalhador desenvolveu transtornos psicológicos devido à conduta da empresa. A juíza, ao reconhecer o assédio moral e a relação com a doença, determinou que a siderúrgica pagasse R$ 30 mil por danos relacionados à doença ocupacional e mais R$ 20 mil pelo assédio moral.