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A Polícia Federal (PF) investiga militares suspeitos de planejar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Relatórios apontam que o grupo chegou a monitorar a residência oficial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de prendê-lo.
De acordo com as mensagens obtidas pela Operação Contragolpe, os suspeitos agiram em coordenação, dividindo-se em locais estratégicos. No entanto, o plano foi cancelado após a suspensão de uma sessão do STF que trataria do orçamento secreto. A informação do adiamento foi compartilhada em um grupo chamado Copa 2022, no aplicativo Signal.
Após a mudança de planos, os integrantes trocaram mensagens como: “Abortar… Áustria… volta para local de desembarque… estamos aqui ainda.”
A PF identificou que o grupo usava codinomes como Alemanha, Áustria, Japão e Gana e linhas telefônicas de terceiros para dificultar a rastreabilidade. Além disso, localizações dos celulares indicaram que a casa de Moraes foi efetivamente monitorada por um dos envolvidos.
A investigação também revelou que os acusados planejaram ações ainda mais graves, como atentados contra o presidente Lula e o vice Alckmin, em eventos realizados na mesma data em São Paulo e Brasília.