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Em Medina, no Vale do Jequitinhonha, um vereador reeleito está sendo investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após ser acusado de praticar crime eleitoral contra uma vereadora eleita. O MP alega que o parlamentar humilhou e constrangeu sua adversária durante as comemorações da eleição no dia 6 de outubro.
O incidente ocorreu na praça principal da cidade, logo após a divulgação dos resultados das eleições municipais. O vereador, com um microfone ligado a um paredão de som, fez um discurso cheio de ofensas contra a vereadora e sua irmã, chamando-as de “vagabundas” enquanto alguns apoiadores aplaudiam. O caso foi transmitido ao vivo nas redes sociais, ampliando o alcance das ofensas.
O promotor Uilian Carlos Barbosa de Carvalho, responsável pelo caso, afirmou que o discurso foi claramente intencional, com o objetivo de humilhar as vítimas e dificultar a atuação da vereadora eleita. Além disso, o MP considera que as ofensas tiveram conotação discriminatória, por serem direcionadas a mulheres, e pede que o vereador pague uma indenização de R$ 500 mil à vítima, além da suspensão dos seus direitos políticos. O processo está sendo julgado na 175ª Zona Eleitoral de Medina.