Belo Horizonte, 25 de dezembro de 2024

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Hospital é condenado por golpe com dados de paciente

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Um hospital de Belo Horizonte foi condenado a pagar R$ 6,7 mil em indenizações, após estelionatários usarem informações sigilosas de uma paciente internada para aplicar golpes em seus filhos. A decisão foi proferida pela 15ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que modificou a sentença inicial da Comarca de Belo Horizonte.

A paciente estava internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) durante a pandemia da covid-19, e seus dois filhos, sem poder visitá-la, mantinham contato com o hospital por telefone e chamadas de vídeo. Quando a mãe foi transferida para um quarto, a filha recebeu uma ligação interna de uma pessoa que se apresentou como funcionária do hospital e pediu um número de telefone para repassar informações sobre o estado de saúde da paciente.

Pouco tempo depois, um homem, alegando ser o médico responsável, contatou o filho da paciente, fornecendo detalhes sobre seu quadro clínico e tratamentos. Em outra ligação, ele solicitou que fossem feitos depósitos para custear exames e remédios que, segundo ele, não seriam cobertos pelo plano de saúde.

Acreditando na urgência e confiando nas informações recebidas, os filhos realizaram os pagamentos solicitados. Apenas quando a mãe teve alta hospitalar, eles descobriram que haviam sido vítimas de um golpe.

Com base nesses fatos, a família moveu uma ação judicial contra o hospital. A Justiça entendeu que o hospital não garantiu a devida proteção dos dados da paciente, permitindo que golpistas tivessem acesso às informações sigilosas. Assim, o hospital foi condenado a pagar R$ 3,7 mil por danos materiais e R$ 3 mil por danos morais à paciente e seus filhos.

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