SABRINA SILVA
REDAÇÃO G5
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou nesta sexta-feira (25) que o acordo assinado entre as mineradoras Vale, BHP e Samarco para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), deve servir de lição. Segundo Lula, seria "mais barato" que as empresas investissem em prevenção do que pagassem as indenizações bilionárias impostas pela Justiça.
Com o aval do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais federais e estaduais, o novo acordo prevê R$ 170 bilhões em medidas compensatórias, pagos ao longo de 20 anos. O montante será dividido entre União e os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, responsáveis por ações de reparação social e ambiental.
O valor será destinado a iniciativas como reconstrução de moradias, recuperação da bacia do Rio Doce e compensações para as 49 cidades atingidas. Outras ações incluem auxílio mensal a agricultores e pescadores impactados, programas de incentivo econômico e ambiental e reparações a comunidades indígenas e tradicionais.
Lula ressaltou que a tragédia em Mariana não foi um evento climático, mas resultado da "irresponsabilidade e ganância" das mineradoras. Ele frisou que o episódio deveria ser um alerta para que outras empresas evitem catástrofes semelhantes.