SABRINA SILVA
REDAÇÃO G5
O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, agora é réu em um caso de improbidade administrativa, após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aceitar uma denúncia do Ministério Público do estado nesta quarta-feira (23).
Conforme a promotoria, Kalil teria solicitado uma vantagem indevida em 2021, exigindo que uma agência de comunicação arcasse com uma pesquisa eleitoral de R$ 60 mil. Essa exigência teria sido uma condição para a prorrogação de um contrato de publicidade entre a Prefeitura e a empresa Perfil 252 durante sua pré-campanha ao governo do estado.
A juíza Denise Canedo Pinto, da 2ª Vara de Feitos da Fazenda Pública de Belo Horizonte, também deu prosseguimento às acusações contra três outros envolvidos no suposto esquema: o ex-secretário de Governo Adalclever Lopes, a ex-secretária de Assuntos Institucionais e Comunicação Social Adriana Branco e o empresário Carlos Eduardo Porto Moreno, conhecido como Cacá Moreno, dono da Perfil 252.
Em sua defesa, Kalil alegou que o processo surgiu após ele recusar um acordo proposto pelo Ministério Público, enfatizando que nunca cometeu ilegalidades. Ele argumentou que o contrato de publicidade em questão foi firmado durante a gestão anterior e não sofreu reajustes durante seu mandato. “Quem tem medo de investigação é bandido. Graças a Deus, não é o meu caso”, afirmou.
A Perfil 252 também se pronunciou, negando qualquer relação com Kalil ou a Prefeitura em relação à pesquisa eleitoral, afirmando que trabalhou com a administração municipal de 2010 até julho de 2023, sem vínculo comercial com o ex-prefeito.