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27 de Outubro de 2024, 11h:20 - A | A

POLÍCIA / VEJA VÍDEO

Torcedor do Cruzeiro foi carbonizado; sobreviventes foram torturados

Emboscada contra ônibus do Máfia Azul deixou 1 morto e 12 feridos

SABRINA SILVA
REDAÇÃO G5



Novos detalhes do ataque ao ônibus da torcida Máfia Azul, do Cruzeiro, na BR-381, em Mairiporã (SP), reforçam a hipótese de uma emboscada minuciosamente planejada pela Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras. O ataque, ocorrido na madrugada deste domingo (27), resultou na morte de José Victor Miranda, de 30 anos, além de deixar 12 feridos — sete deles com traumatismo craniano.

Conforme divulgado pelas autoridades, a Mancha Verde emboscou o ônibus da Máfia Azul, lançou foguetes e ateou fogo ao veículo com os passageiros ainda dentro. José Victor foi carbonizado no incêndio e morreu com 70% do corpo queimado, enquanto os demais ocupantes conseguiram sair, mas foram brutalmente torturados pelos agressores. Imagens divulgadas nas redes mostram cenas de espancamento e agressões violentas. Veja vídeo no final da matéria.

José Victor, natural de Sete Lagoas (MG), era um torcedor apaixonado pelo Cruzeiro e conhecido por sua dedicação à família. Pai de um menino de 10 anos, ele era membro ativo da Máfia Azul e recebeu diversas homenagens de amigos e familiares nas redes sociais. 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), dispositivos conhecidos como “miguelitos” — pregos entrelaçados para furar pneus — foram encontrados na rodovia, indicando um planejamento detalhado para bloquear o ônibus cruzeirense. Essa prática é comum em assaltos e ações de guerrilha urbana, e foi associada a ataques premeditados. Policiais também recolheram bombas caseiras usadas para intensificar o confronto.

Após o ataque, equipes de resgate da concessionária Arteris Fernão Dias interditaram o trecho para proteger os feridos e permitir o atendimento de emergência. Todos os torcedores feridos foram levados ao Hospital Anjo Gabriel, em Mairiporã, onde seguem em tratamento intensivo.

A PRF e a Polícia Militar de São Paulo trabalham em conjunto para investigar o caso. Até o momento, não houve prisões, mas a PRF informou que está usando imagens de câmeras de segurança para identificar e localizar os responsáveis.

 

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