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24 de Outubro de 2024, 13h:19 - A | A

POLÍCIA / CHAMOU DE GOSTOSO E QUERIA BEIJO NA BOCA

Jovem leva garrafada e morre após dar 'cantada' em homem

As autoridades acreditam que a motivação para a brutalidade do ato foi o ódio e o preconceito contra a orientação sexual da vítima

SABRINA SILVA
REDAÇÃO G5



Um jovem de 26 anos foi agredido brutalmente em um bar em Ribeirão das Neves, na região Metropolitana de Belo Horizonte, após ter feito uma cantada a um homem de 31 anos. O crime ocorreu no dia 21 de agosto, e a vítima morreuquatro dias depois em decorrência dos ferimentos. O agressor se apresentou à polícia no dia 9 de setembro e é acusado de homicídio doloso.

O delegado Marcus Rios, responsável pela investigação, informou que a família da vítima procurou a delegacia após sua morte no hospital, relatando o ocorrido. “Começamos as investigações e, através das imagens de segurança do local, foi possível ver com clareza toda a ação”, afirmou Rios.

De acordo com as testemunhas, a vítima, sob efeito de álcool, fez cantadas, chamando o agressor e um amigo de “gostoso” e pedindo para beijá-los. As imagens de segurança mostram o momento em que o agressor arremessou uma garrafa de vidro contra a cabeça da vítima, que caiu ao chão.

Após a agressão, a vítima permaneceu desacordada por cerca de 15 minutos, sem receber socorro. Somente quando outros clientes perceberam a gravidade da situação, ele foi levado a uma UPA, onde faleceu devido a traumatismo craniano.

O delegado acredita que a motivação para a brutalidade do ato foi o ódio e o preconceito contra a orientação sexual da vítima. “Certamente, se fosse uma mulher que o tivesse cantado, ele não teria reagido assim. Ele poderia ter levantado e ido embora ou simplesmente não ter feito nada”, concluiu.

O homem, acusado de homicídio doloso e qualificado por motivo fútil, já tinha passagens por lesão corporal e se envolveu em uma briga com um idoso uma semana antes do crime, que, segundo a polícia, poderia ter resultado em morte se não fosse interrompida. A investigação continua, e a comunidade aguarda um desfecho para o caso.

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